PS-Madeira condena "apelo à violência" de Jardim
O presidente do PSD-M, Alberto João Jardim, afirmou nesse comício que "é preciso dar pancada em quem ofende o povo madeirense" e comprometeu-se a "continuar a lutar contra o Estado central até a região conseguir os seus direitos".
Numa iniciativa de campanha junto da Universidade da Madeira que disse formar jovens para a cidadania, Maximiano Martins reprovou a declaração de Alberto João Jardim.
"Ele fez um apelo à violência de madeirenses contra madeirenses, com isso não mete medo aos democratas que estão na luta pela Madeira e pelos madeirenses, mas apela a que possam existir acontecimentos de violência de madeirenses contra madeirenses e isso é de extrema gravidade", disse.
O adversário de Jardim nas eleições de 9 de Outubro realçou que o apelo de Alberto João Jardim "vira os portugueses do continente contra os portugueses da Madeira e isso é também de extrema gravidade".
Enquanto candidato pelo maior partido da oposição a presidente do Governo Regional, Maximiano Martins chamou a atenção que, na situação em que a Madeira se encontra com um défice público de 5.800 milhões de euros, "o pior do que nos pode acontecer são notícias destas".
"Nós precisamos de sentido de responsabilidade, de postura, de dar o exemplo que somos sérios, credíveis trabalhadores e a nossa história madeirense prova tudo isso", declarou, concluindo, no entanto, que "estes 35 anos desvia-nos do nosso rumo histórico que é o de um povo heróico, que emigrou, que fez trabalho, que fez as levadas, que fez os poios e é a esse povo que faço o apelo para que participem nas eleições".
Enfatizando a importância da participação no ato eleitoral, lembrou existir "45 mil eleitores fantasmas" que poderão falsear o resultado eleitoral.
O PS-M tem sete dos 47 deputados da Assembleia Legislativa da Madeira sendo oposição desde 1976.